Na música de Beethoven, tanto reconhecemos ambientes primaveris e bem humorados como trágicos, comoventes ou revoltosos. Muito depende também da disposição do ouvinte, já que a música não tem a pretensão de representar contextos específicos e personagens da mesma maneira que uma pintura a óleo. Mas, afinal, como é que uma orquestra consegue, por exemplo, retratar uma tarde solarenga passada à beira de um riacho? E uma tempestade de verão? A Sinfonia Pastoral responde a perguntas como estas. Com vagas alegorias sonoras, expressa sentimentos e cenários bucólicos que despertam essa imaginação que, idealmente, ressoa nas experiências de vida próprias de cada um. Num exercício semelhante, mas com sonoridades muito contrastantes, o percussionista Rodrigo Azevedo interpreta um concerto de Michael Daugherty que presta homenagem à imaginação daqueles que sonham mundos novos. Tudo começa por Leonardo da Vinci, e termina com Mr. Spock – esse mesmo da série de culto Star Trek.
Concerto de Primavera
Orquestra Metropolitana de Lisboa
M. Daugherty Dreamachine, concerto para percussão e orquestra
L. v. Beethoven Sinfonia N.º 6, Pastoral
Solista Rodrigo Azevedo percussão
Paul Daniel maestro
