Unidade curricular: Correntes da Música em Portugal II
Código: LCM019
ECTS: 2
Área Científica: Ciências Musicais
Objetivos de Aprendizagem
> Promover o conhecimento dos repertórios instrumentais e vocais dos períodos em causa, estimulando a tomada de consciência individual relativamente à Música portuguesa e seu posicionamento estético, formal e estilístico nos contextos ibérico e internacional;
> Estimular o estudo de obras pertencentes a diferentes géneros instrumentais ou vocais, a partir da pesquisa musicológica mais relevante e de registos interpretativos diversos;
> Incentivar o sentido crítico e de pesquisa relativamente ao repertório originado em Portugal nos séculos XX e XXI, visando uma maior integração do mesmo no quotidiano da atividade artística, quer em recital, quer em concerto
Conteúdos Programáticos
1. — Tradição e modernidade na busca de horizontes criativos
Interações e cruzamentos com a música europeia. A receção em Portugal das correntes do modernismo europeu e o despertar da consciência nacionalista em torno da arte musical. Contextos e condicionalismos da música pública durante o Estado Novo. Intérpretes destacados e seu papel na divulgação da música portuguesa. A influência da vanguarda europeia a partir da década de 1960. A transição para o século XXI: alguns protagonistas. As instituições de divulgação, ensino e investigação em Portugal: sua relevância para a projeção nacional e internacional dos músicos portugueses. Tecnologia, globalização e mudança de paradigmas no campo da música erudita em Portugal: reflexão sobre o estado atual da questão.
2. — Correntes de repertório e seus representantes
O papel pioneiro do pianista e compositor José Viana da Mota (1868-1948) na transição para o século XX: a Sinfonia à Pátria como símbolo de identidade forjada nos valores da música e da cultura tradicionais. A produção orquestral de Luís de Freitas Branco (1890-1955), Francisco de Lacerda (1869-1934), Frederico de Freitas (1902-1980), Rui Coelho (1889-1986), Joly Braga Santos (1924-1988) e Fernando Lopes Graça (1906-1994). Renovação e mudança à luz das tendências europeias: Filipe Pires (1934-2015), Constança Capdville (1937-1992), Jorge Peixinho (1940-1995) e Emanuel Nunes (1941-2012). Outros compositores e intérpretes dos séculos XX e XXI: estudos de caso.
Metodologias de Ensino
A lecionação da disciplina parte da exposição contextualizada dos conteúdos programáticos, tendo como suporte documentos, partituras e gravações áudio/vídeo. A escuta ativa pressupõe a identificação e relacionação de linhas temáticas, estéticas, formais e estilísticas, pelo que o esforço crítico e conceptual, apoiado na bibliografia, emerge como eixo do rumo formativo, sendo reforçado por outros recursos informativos à disposição dos estudantes.
Bibliografia
BRANCO, J. de F. (1959). História da Música Portuguesa. Lisboa: Publicações Europa-América.
BRITO, M.C. e Cymbron, L. (1992). História da música portuguesa. Lisboa: Universidade Aberta.
CASTELO-BRANCO, S.E-S. (Dir.). (2010).Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX. Lisboa: Círculo de Leitores.
DELGADO, A. (2001). A sinfonia em Portugal. Lisboa: Ministério da Cultura, IPAE – Departamento de Música RDP.
DELGADO, A., Telles A. e Mendes, N. B. (2007). Luís de Freitas Branco: Lisboa,
Caminho.
FERREIRA, M.P. (Coord.). (2007). Dez compositores portugueses: percursos da escrita musical no século XX. Alfragide: Dom Quixote.
GRAÇA, F.L.(1989). A música portuguesa e os seus problemas (2ª ed.). Lisboa: Editorial Caminho.
NERY, R.V. e Castro, P.F. (1991).História da Música, Sínteses da cultura
Portuguesa. Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda.
Equipa Docente
Rui Cabral Lopes (regente)