Um contador de «histórias musicais»
O maestro não toca nenhum instrumento, mas é quem decide como a música deve ser tocada e sentida. Lê a partitura (o livro onde estão escritas a notas musicais) e, com os seus gestos, dá indicação aos músicos se a música deve soar alegre, triste, furiosa, delicada… Uma mesma música, pode ser tocada ou cantada de tantas maneiras diferentes!
Quem manda
Os músicos de uma orquestra sabem muito bem as notas que têm de tocar, e quando o devem fazer. Isso está escrito na partitura que estudam sozinhos em casa. Chegados aos ensaios e ao concerto, estão sempre atentos às indicações do maestro, pois é ele quem, com gestos e olhares, lhes dá o sinal exato para entrarem no momento certo e da maneira certa – chama-se «dar as entradas». As notas são as mesmas, mas podem ser tocadas de maneiras muito diferentes — mais fortes, mais suaves, mais rápidas, mais lentas, etc. Se cada um tocasse à sua maneira, não iria soar bem. É o maestro quem mantém a orquestra toda junta.
O metrónomo humano
O metrónomo é um pequeno aparelho que emite o som de uma pulsação regular para ajudar os músicos a manterem o tempo da música sempre certo. Mas só é usado nas sessões de estudo individual. Nos ensaios e nos concertos, o maestro é a referência que têm de seguir. Ele é o responsável por manter a orquestra junta numa mesma pulsação rítmica, desde o princípio até ao fim da música. Ora mais rápido, ora mais lento, com os seus movimentos indica a velocidade que todos os instrumentistas seguem. Ninguém se pode atrasar, nem apressar, ou lá se estraga o nosso concerto!
A batuta
A batuta é um pauzinho muito fino e comprido que o maestro segura na mão. Normalmente é feita de madeira, mas também pode ser de plástico ou outros materiais. Não é um instrumento musical, mas ajuda o maestro a ser visto mais facilmente por todos os músicos, mesmo por aqueles que estão distantes. É como se fosse um prolongamento do braço, tornando os gestos mais claros e visíveis. Há ocasiões em que o maestro prefere não usar batuta.
As partituras
As partituras são como os livros que lemos. Porém, na vez de letras e palavras, contém figuras musicais em pautas de cinco linhas que indicam a altura das notas, as suas durações, se são tocadas «forte» ou «piano», etc. Cada músico tem à sua frente uma estante onde apoia a partitura da música que vai tocar. Mas esta não inclui a música que os colegas do lado tocam. Por isso, a partitura do maestro é a maior de todas – porque tem muitas mais pautas. O maestro tem de saber aquilo que todos os músicos da orquestra estão a tocar em todos os momentos. A sua partitura tem escritas as partes de todos os instrumentos, desde o princípio até ao fim da peça.
O maestro vestido de preto
Nem sempre o maestro se veste de preto, mas isso acontece na maioria das vezes. Em parte, isso deve-se a uma tradição. É como se fossem os fatos que se vestem naquelas festas muito elegantes. Mas o preto também está associado à seriedade e ao profissionalismo. Essa é uma razão que explica o fatos escuros dos maestros e dos músicos das orquestras. Ninguém quer que o público se distraia com roupas ou cenários. Afinal, o mais importante é a música. É na música que a atenção do ouvinte deve focar-se.
Franz Schubert
Franz Schubert foi um compositor austríaco que viveu há cerca de duzentos anos; na época em que a corte portuguesa estava no Brasil por causa das invasões de Napoleão Bonaparte. Ele conseguia criar melodias lindíssimas. Escreveu mais de 600 canções, além de sinfonias e outras peças. A sua melodia mais famosa é a canção «Ave Maria».
Luciano Berio
Luciano Berio foi um compositor italiano que nasceu há 100 anos. Ele compunha música moderna e experimental. Gostava de explorar sons de formas diferentes, usando a voz humana e os instrumentos de maneiras novas e surpreendentes.