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Ciclo Histórias da Formiga Rabiga

Histórias da Formiga Rabiga


Concertos narrados, música que conta contos, para crianças e famílias. Mas quem era a Formiga Rabiga?! Um de nós encontrou-a, certa vez. Era uma formiga muito estranha. Não se parecia com as outras formigas. Tinha tendência para se distrair das tarefas coletivas, abandonando o formigueiro a que pertencia, e perdendo-se entre as ervas que cresciam dos dois lados do carreiro. Entregava-se aos seus pensamentos e esquecia-se da carga – uma folhinha, um grão de areia, uma semente – e uma vez foram dar com ela a cantarolar. Às vezes, mais parecia uma cigarra ociosa do que uma formiga trabalhadeira.

A Formiga Rabiga, essa é que é verdade, gostava mais de ouvir histórias do que de trabalhar. E acompanhava-as com música, que lhe encantava os ouvidos e turvava o entendimento.


ACADEMIA ALMADENSE: Entrada Livre | CINEMA SÃO JORGE: PREÇO 8€ 


A Perfeição de Bach | Orquestra Metropolitana de Lisboa

Sábado, 15 de maio, 11h00, Academia Almadense
Domingo, 16 de maio, 11h00, Cinema São Jorge

J. S. Bach Suíte Orquestral N.º 2, BWV 1067

Susana Henriques narração
Janete Santos flauta e direção musical


Johann Sebastian Bach é considerado por muitos o maior compositor de todos os tempos, o pai da música ocidental. Não é que a tenha inventado, mas tudo o que fez influenciou-a profundamente, apontando caminhos e soluções que se tornaram por todos aceites enquanto modo de conhecimento, como se aí tivesse sido alcançado um qualquer tipo de perfeição. Em torno desta ideia, é tão frequente ouvirmos comparar a sua música com formulações matemáticas de rigor absoluto como com revelações divinas que ultrapassam a razão. Seja qual for a perfeição em causa, o sentimento que continuamos a ter quando ouvimos a sua música é o de que nada tem de supérfluo. Com criatividade, até poderíamos acrescentar uma ideia ou outra. Mas nunca nos atreveríamos a retirar uma única nota da partitura. Neste encontro das Histórias da Família Rabiga sentamo-nos à volta de uma dessas partituras, a célebre Suíte Orquestral N.º 2, um conjunto de danças orquestrais que nunca foram pensadas para serem dançadas. Por entre as cordas da orquestra e do tradicional baixo contínuo, destaca-se aí a flauta transversal, em particular na célebre
Badinerie, uma preciosidade que todos reconhecemos de imediato, plena de graça e fantasia.

 



A Menina do Mar |
Orquestra Metropolitana de Lisboa

Sábado, 5 de junho, 11h00, Academia Almadense
Domingo, 6 de junho, 11h00, Cinema São Jorge

F. Lopes Graça A Menina do Mar

Susana Henriques narração
Leandro Alves direção musical


A areia da praia é fronteira de dois mundos que ora estão de costas voltadas ora se atraem de maneira irresistível. Entre a terra e o mar: é este o cenário do primeiro conto infantil de Sophia de Mello Breyner, publicado em 1958, hoje um dos textos mais lidos nas escolas do nosso país. O encontro acontece entre um menino curioso fascinado por coisas belas e uma bela menina com a altura de um palmo, cabelos verdes, olhos roxos, um vestido feito de algas encarnadas e que tem como amigos inseparáveis um peixe, um polvo e um caranguejo. Ela fala-lhe do fundo do mar, de florestas de algas, de grutas de corais e de jardins de anémonas. Ele mostra-lhe as flores e o fogo, descreve-lhe as estradas, os campos e as cidades. Conhecem o mundo do outro, aquilo que os separa, as sensações de descoberta e de saudade. Mas porque os búzios tudo ouvem, houve que juntar música a todo este imaginário. Foi precisamente isso que Fernando Lopes Graça fez, quando emprestou relevo às ondas e à tempestade, à tristeza e à alegria de dançar.