Biografia
Juntamente com Paolo Giacometti, Pieter Wispelwey foi distinguido com o Brahms-Preis de 2019, como reconhecimento das suas interpretações inovadoras da música daquele compositor, coroadas com o empolgante projeto da gravação das obras completas para duo de Schubert e do próprio Brahms. O último volume, com 6 CD, foi lançado em maio de 2019 pela Evil Penguin Records Classic. Ainda no domínio da música de câmara, Wispelwey colabora também com os pianistas Cédric Tiberghien e Alasdair Beatson, para lá de ser convidado regular de vários quartetos de cordas, incluindo o Australian String Quartet, o Doric String Quartet e o Dudok Quartet. A recente parceria com o cravista Mahan Esfahani tem lhe permitido explorar programas focados nas Sonatas para Viola da Gamba de J. S. Bach por toda a Europa.
A carreira de Wispelwey estende-se aos cinco continentes. Enquanto solista, apresentou-se com muitas das principais orquestras de todo mundo, incluindo as Sinfónicas de Boston e Dallas, a St. Paul Chamber Orchestra, a Sinfónica NHK, a Yomiuri Nippon, a Filarmónica de Tóquio, as Sinfónicas de Sapporo, de Sydney, do Estado de São Paulo, a Filarmónia de Londres, a Orquestra Hallé, a Sinfónicas da BBC e da BBC da Escócia, a Orchestra of the Age of Enlightenment, a Academy of Ancient Music, do Gewandhaus de Leipzig, a Sinfónica da Rádio Nacional da Dinamarca, do Festival de Budapeste e a Camerata Salzburgo. Trabalhou com os maestros Ivan Fischer, Esa-Pekka Salonen, Herbert Blomstedt, Yannick Nézet-Séguin, Jeffrey Tate, Kent Nagano, Otto Tausk, Sir Neville Marriner, Philippe Herreweghe, Vassily Sinaisky, Vladimir Jurowski, Louis Langrée, Marc Minkowski, Ton Koopman e Sir Roger Norrington, entre outros.
Por intermédio do recitais que apresentou em Londres (Wigmore Hall, Kings Place), Paris (Châtelet, Louvre), Amesterdão (Concertgebouw, Muziekgebouw), Bruxelas (Bozar), Berlim (Konzerthaus), Milão (Società del Quartetto), Buenos Aires (Teatro Colon), Sydney (The Utzon Room), Los Angeles (Walt Disney Hall) e Nova Iorque (Lincoln Center), Wispelwey tornou-se reconhecido como um dos intérpretes mais carismáticos no panorama de recital a solo na atualidade.
Em 2012, Wispelwey celebrou o seu 50.º aniversário com um projeto dedicado às suítes para violoncelo de J. S. Bach, o qual resultou na terceira gravação integral que já fez das mesmas. Esta edição da EPR Classic inclui um DVD com depoimentos dos renomados estudiosos de Bach Laurence Dreyfus e John Butt. A interpretação da integral das suítes num só concerto tornaram-se um feito que tem merecido grandes elogios da crítica em toda a Europa e nos E.U.A. «Teoricamente, é uma façanha que requer brilhantismo, resistência e talvez um pouco de arrogância. Na prática, o Sr. Wispelwey mostrou-se impressionantemente à altura do desafio, oferecendo interpretações tão eloquentes quanto provocadoras» (New York Times). Em 2017, ampliou o alcance deste desafio juntando às suítes as obras completas de Beethoven para violoncelo e piano e as duas sonatas para violoncelo de Brahms em três noites consecutivas integradas no ciclo de programação Great Performers do Melbourne Recital Centre.
A discografia de Pieter Wispelwey, com cerca de 50 álbuns publicados na Channel Classic, na Onyx e na EPR, tem recebido grandes prémios internacionais. Os lançamentos mais recentes incluem o Concerto para Violoncelo em Lá Maior de C. P. E. Bach com o Musikkollegium Winterthur, o Concerto para Violoncelo de Lalo, o Concerto N.º 2 de Saint-Saëns e a Sinfonia para Violoncelo de Britten com Seikyo Kim e a Orquestra Sinfónica da Flandres, o Concerto para Violoncelo de Walton (Sinfónica de Sydney / Jeffrey Tate), e a Sinfonia Concertante de Prokofiev (Fiilarmónica de Roterdão / Vassily Sinaisky).
Os destaques recentes e futuros incluem o Concerto para Violoncelo de Schumann na Musikverein de Viena e em Portugal, o Duplo Concerto de Brahms com a Sinfónica da Flandres, a Orquestra dos Champs-Élysées e a Filarmónica Estatal da Renânia, o Concerto para Violoncelo de Elgar com a Orquestra de Câmara de Uppsala, a estreia norte-americana do novo duplo concerto Akin de Michel van der Aa com a Sinfónica de Vancouver, e recitais em quatro continentes.
Nascido em Haarlem, na Holanda, Wispelwey estudou com Dicky Boeke e Anner Bylsma, em Amesterdão, e, mais tarde, com Paul Katz nos E.U.A. e William Pleeth no Reino Unido. É Professor de Violoncelo na Universidade de Música de Düsseldorf Robert Schumann e no Conservatório de Amesterdão. Toca um violoncelo G. B. Guadagnini de 1760 e um violoncelo barroco Barak Norman de 1710.
Calendário
25 de março de 2025
Destinatários
Violoncelistas a partir dos 15 anos de idade
Inscrições
OUVINTES EXTERNOS – 20€
OUVINTES INTERNOS – 10€