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A palavra italiana «scordatura» traduz-se por «desafinação». Não há, porém, razão para alarme, já que o título deste programa faz alusão a uma técnica por vezes utilizada pelos instrumentistas de cordas e que, por sinal, não soa àquilo a que se costuma chamar «música desafinada». Convencionalmente, a afinação do violino é universal. Cada uma das 4 cordas, quando vibra em toda a extensão, produz sempre a mesma nota, para facilitar a vida aos violinistas e aos compositores. Mas há ocasiões em que os músicos podem optar por afinar de maneira diferente, a fim de obter efeitos sonoros específicos. Tal acontecia com frequência no século XVII, em particular na música de Heinrich Ignaz von Biber, como podemos ouvir na décima sonata das suas célebres Sonatas do Rosário, um ciclo de 15 peças baseadas nos mistérios do terço católico. Juntamente com outras duas sonatas que compôs em 1681, em Salzburgo, as sonoridades barrocas contrastam aqui com música do nosso século. Curiosamente, também Péter Eötvös utilizou a técnica de scordatura quando em 2015 compôs «Para Paloma», uma pequena peça que assinalava o 80.º aniversário da fundadora da Escola de Música Reina Sofía (Madrid), Paloma O´Shea.
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Scordatura
Solistas da Metropolitana
H. Ignaz von Biber A anunciação, Sonata N.º 1 das Sonatas do Rosário
H. Ignaz von Biber Sonata N.º 3, C. 140
P. Eötvös Para Paloma (para violino solo em scordatura)
H. Ignaz von Biber Sonata N.º 6, C. 143
H. Ignaz von Biber A crucificação e morte de Jesus, Sonata N.º 10 das Sonatas do Rosário
Ágnes Sárosi violino
Marcos Magalhães cravo
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