Este site utiliza cookies. Ao navegar no site estará a consentir a sua utilização de acordo com a nossa Política de cookies.
12 a 25€
Bilhetes à vendaA 5 de julho terá lugar a estreia no Porto de “It’s not over until the soprano dies” (não acaba enquanto a soprano não morrer), uma ópera feminista onde a companhia mala voadora se propõe recriar os finais de óperas em que as personagens femininas morrem sempre, centrando-se nessas personagens e nas árias que cantam, intensificando-as até se criar uma vertigem.
Nesta encenação de Jorge Andrade, com música de Nuno Côrte-Real tocada ao vivo pela Orquestra Metropolitana de Lisboa, salta à vista que, se é verdade que muitas óperas acabam de forma trágica, as mortes femininas são pautadas por particular crueldade.
“Muitas óperas acabam mal. Muitas óperas acabam com mortes. Muitas óperas acabam com mortes de mulheres – à facada, queimadas, por doença, afogadas, envenenadas, de medo, ou de causa desconhecida. “(…) o patriarcado assegura que as mulheres são sujeitas a uma particular crueldade. A ópera, e em particular a ópera do século XIX, permite a mulheres perigosas resplandecerem de emoção, no palco, por algumas curtas horas – depois mata-as”, escreveu a editora de cultura do The Guardian, Charlotte Higgins.
Aïda, Carmen, Norma, Lucia di Lammermoor, Gilda, Violetta, as Leonoras de Verdi (a de “Il Trovatore” e a de “La Forza del Destino”), Dido, Isolda, Desdemona, Nedda, Tosca, Mélisande, Cio-Cio-San, Kát’a Kabanová, Marie, Lulu, Lucrecia… Em “L’Opéra ou la Défaite des femmes” (1979), referindo-se ao repertório clássico da ópera, a filósofa Catherine Clément enumera os modos cruéis como as mulheres encontram a morte. Sem deixar de remeter estas narrativas para o seu contexto, olharemos para elas em palco com o olhar contemporâneo do século XXI.
Direção Jorge Andrade, com assistência de Mariana Magalhães
Arranjos e Direção Musical Nuno Côrte-Real
Intérpretes
Canto Bárbara Barradas, Cátia Moreso, Eduarda Melo, Inês Simões, Joana Seara, Marco Alves dos Santos, Patrícia Quinta, Tiago Matos.
Representação António MV, Carlota Lagido, Cecília Matos Manuel, Danilo da Matta, Francisco Rolo, Mariana Magalhães, Pedro Tavares, Tânia Alves, Vítor d’Andrade.
Orquestra Metropolitana de Lisboa
Correpetição Inês Mesquita
Tradução dos Libretos Catarina Latino, Jorge Rodrigues, Rosário Corte-Real e Natália Correia, Rui Esteves, João Paulo Santos
Cenografia José Capela, com assistência de João Fonte e execução de Américo Castanheira
Figurinos José Capela, com o apoio de Carlota Lagido
Corpos COLA Sets & Fx
Luz Wilma Moutinho
Apoio à Pesquisa Isabel Novais e Pedro Moldão
Direção Técnica João Fonte
Apoio Técnico Luís Rabaçal
Produção Joana Mesquita Alves, Inês Soares Lopes, Sofia Freitas
Agradecimentos Henrique Margarido, Sara Morgado Santos, Suzie Peterson, Teatro Nacional São Carlos / Bernardo Azevedo Gomes
Coprodução Coliseu Porto Ageas e São Luiz Teatro Municipal
A mala voadora é uma estrutura financiada pelo Governo de Portugal – Ministério da Cultura/Direção-Geral das Artes