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Quando Franz Liszt visitou Portugal, em 1845, José Vianna da Motta ainda não era nascido. Nessa época, o pianista húngaro deslumbrava toda a Europa com as suas «execuções transcendentais». Antes disso, vivera na Suíça entre 1835 e 1837, e em Itália entre 1837 e 1839. Foi nesses anos que compôs várias peças para piano solo que viriam a ser retrabalhadas anos mais tarde e reunidas numa coleção de três volumes intitulada «Anos de Peregrinação» – uma referência desfaçada ao célebre poema narrativo de Lord Byron «A Peregrinação de Childe Harold». O primeiro daqueles volumes foi publicado em 1855 e é evocativo da sua permanência na Suíça. Inclui «Vale de Obermann», uma peça que retrata musicalmente as meditações filosóficas e as dúvidas existenciais desse outro herói romântico igualmente atormentado em profunda solidão. Já as três partes de «Veneza e Nápoles» integram o segundo livro, publicado em 1861 e, sem surpresa, dedicado a Itália.
Liszt foi uma referência muito importante para o pianista e compositor José Vianna da Motta. É bom lembrar que, em 1885, com somente dezassete anos de idade, teve a oportunidade de ouvir os conselhos do «velho mestre», e que estudou de seguida com Hans von Bülow, um dos seus discípulos mais prestigiados. Todavia, os seus Opus 1 e 2 do músico português, uma Barcarola e uma Peça de Fantasia, foram compostas antes desse encontro. O jovem prodígio ingressara recentemente num Conservatório em Berlim e as influências que sobressaem em cada uma dessas obras eram, respetivamente, Frédéric Chopin e Robert Schumann.
Digressões Românticas
Solistas da Metropolitana
J. Vianna da Motta Barcarola N.º 1
F. Liszt Vallée d’Obermann, do livro Années de Pèlerinage: 1.º ano / Suíça
J. Vianna da Motta Fantasiestück
F. Liszt Venezia e Napoli, do livro Années de Pèlerinage: 2.º ano / Itália
Savka Konjikusic piano
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