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Temporada Música de Câmara

Danças

Museu do Oriente
dom 01 dez. 16:00

Há frases que não precisam de se alongar muito para dizerem tudo aquilo que tem de ser dito. São exemplo disso os ditados populares, que encontram sempre ocasião certa para sintetizar de maneira lapidar uma situação que, de outro modo, nem um grande discurso alcançaria. Quando é conhecida a autoria de tais dizeres, chamamos-lhes apotegmas. Pois foi este, precisamente, o conceito que Fernando Lopes Graça recuperou quando, em 1981, o recém-formado Opus Ensemble o desafiou para compor uma obra para tão peculiar formação. Pegou então no piano e no oboé, juntou-lhes a viola e o contrabaixo, e anunciou sete «apotegmas musicais», explorando assim, em passos breves, as misteriosas virtualidades do pentagrama. Três anos mais tarde, seria a vez de Joly Braga Santos aceitar o mesmo desafio. Escolheu, por seu turno, inspirar-se em formas de dança seculares. A um prelúdio que percorre sonoridades rústicas, o seu Op. 63 acrescenta uma penetrante Sarabanda e uma Tarantella que prende a respiração.

Mas para lá da música destas duas grandes figuras da música portuguesa do século passado, neste programa temos ainda a oportunidade de escutar uma nova composição de Sérgio Azevedo. O título deixa adivinhar um diálogo com os dois mestres, em particular com Lopes Graça, seu professor, a quem a elocução «Suíte (quase) Rústica» despertaria certamente um rasgado sorriso.

 

 

Danças 
Solistas da Metropolitana

Fernando Lopes Graça Sete Apotegmas, LG 94
Sérgio Azevedo Suíte (quase) Rústica (estreia absoluta)
Joly Braga Santos Suíte de Danças, Op. 63

Sally Dean oboé
Andrei Ratnikov viola
Ercole de Conca contrabaixo
Savka Konjikusic piano

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