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Os Solistas da Metropolitana colocam lado a lado dois trios para violino, violoncelo e piano que – precisamente separados por um século (1808 e 1908) – ilustram bem o que distingue o princípio e o fim do romantismo musical. Os dois trios Op. 70 de Ludwig van Beethoven foram compostos pela mesma altura das 5.ª e 6.ª sinfonias. Já revelam, portanto, a impetuosidade expressiva que o músico de Bona acrescentou à herança que recebeu dos grandes mestres Mozart e Haydn. Em particular, a primeira daquelas obras tem a particularidade de ser conhecida como Trio Fantasma. O nome deve-se a Carl Czerny, um aluno de Beethoven que, postumamente, referiu-se ao segundo andamento da obra estabelecendo comparação com o ambiente tenebroso da aparição do fantasma em Hamlet de Shakespeare. Descobriu-se mais tarde que havia nessa opinião uma intuição certeira, quando esboços do manuscrito foram encontrados junto ao Coro das Bruxas, por entre apontamentos destinados à ópera Macbeth, a qual nunca chegou a ser completada. Por sua vez, o jovem Luís de Freitas Branco revela no seu trio um lirismo aparentemente desregrado, desafiando muitos limites. O compositor português assimilava então a sonoridade que provinha dos cromatismos de Claude Debussy e da estrutura cíclica de César Franck. Planeou, porém, com rigor um andamento único composto por uma série de episódios contrastantes, e sem nunca perder a congruência do discurso.
SOLISTAS DA METROPOLITANA
L. de Freitas Branco Trio com Piano
L. v. Beethoven Trio com Piano, Op. 70/1, Fantasma
Carlos Damas violino
Jian Hong violoncelo
Savka Konjikusic piano
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