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Cuca Roseta: “Este concerto com a Metropolitana é um sonho que vou realizar”

Cresceu numa casa onde se ouvia música clássica e essa foi a sua primeira paixão, ainda antes de descobrir o fado. Este sábado, às 21h00, Cuca Roseta junta os dois universos num concerto de Natal com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, no CCB. Ainda pode comprar bilhetes aqui.

Foto: Instagram de Cuca Roseta

Este espetáculo Fados de Natal é um “casamento” entre o seu ADN, o fado, e a música clássica. O que espera dessa junção de dois mundos, aparentemente tão diversos, apesar de bem sabermos que a música é uma linguagem universal?

Sim, sem dúvida a música é uma linguagem universal e, acima de tudo, a música com ou sem géneros de rótulos, faz-se de coração para coração, isto é, ela tem a primeira função de transformar a emoção nessa Arte que nos faz parar, que nos faz sentir, respirar, agradecer à vida, fazer parte do lado belo de olhar a vida. Por isso se juntam tantos géneros, tantos artistas num mesmo palco a fazer da música um canal de amor e de luz que chega ao outro.

E o Natal é um tempo especial…

Verdade. Sempre adorei as músicas de Natal, embora seja fadista, e o disco Luz de Natal, que lancei há três anos, vem fazer essa mesma junção, vem trazer a Portugal as letras de sempre cantadas no mundo, agora na nossa língua, para que a mensagem de Natal seja mais facilmente absorvida.

E é isso que vai acontecer este sábado no CCB?

Sim, é isso mesmo. Esta reunião da Orquestra Metropolitana de Lisboa e dos meus fados de Natal vai ser mesmo uma celebração a não perder, única e irrepetível!

De que forma é que a música clássica aparece na sua vida? Tem recordações dela na infância ou nunca foi muito ligada a ela?

Por incrível que pareça, as minhas referências de infância não são o Fado, são a música clássica. Em casa, os meus pais sempre ouviram apenas música clássica e ópera e, por isso o meu desenvolvimento na música vem sempre acompanhado da música clássica. Mais tarde descubro a minha paixão pela tradição portuguesa e a nossa cultura e vou cantar este género musical que é aquilo para que nasci.

Como viu este desafio que lhe foi feito pela Metropolitana, sendo que não é a primeira vez que a Cuca trabalha com uma orquestra?

Foi dos convites que mais me honrou até hoje, devo confessar.

Porquê?

Olhe, não só porque admiro muito a Orquestra Metropolitana de Lisboa, mas também porque desde que lancei este disco, tenho o sonho de fazer um concerto com orquestra com este repertório, e quanto melhor a orquestra, mais grandioso se torna! Neste caso estar no CCB este sábado com a Orquestra Metropolitana é um sonho de há muito que vou realizar.

A expectativa é alta, portanto…

[sorriso] A expectativa é muito alta, sim. Sei que será um dia muito marcante para mim e para a minha carreira.

Acaba de completar 40 anos, canta há mais de 30 e está a comemorar os 20 anos da sua experiência profissional na música (os Toranja foram lançados em 2001). Como tem sido esta viagem?

Muito interessante. Tem sido um caminho muito bonito que nunca esperei, uma constante surpresa que foi crescendo e crescendo e espalhando-se pelo mundo. Uma benção que tenho tido, poder pensar que, através da minha voz e a da minha arte, faço há tantos anos as pessoas felizes com a minha música e com a minha paixão pela nossa cultura e tradição.