Esta sexta-feira e sábado não vai faltar música com os Solistas da Metropolitana. São cinco atuações, que levam Beethoven, Mozart e Schubert às salas de espetáculo.
dividem-se frequentemente em agrupamentos de música de câmara
Hoje à tarde, quando forem 18h30, os Solistas da Metropolitana iniciam mais uma jornada de música de câmara em duas salas de Lisboa em simultâneo. No Museu Nacional de Arte Antiga, nas Janelas Verdes, 14 músicos da Metropolitana apresentam Serenatas Noturnas. À mesma hora, na Casa Fernando Pessoa, em Campo de Ourique, entra em cena Weber e Schubert a 4 Mãos.
Todos os anos é assim. “Esta semana de música de câmara e as restantes cinco que temos durante a temporada são sempre muito especiais para nós, porque são uma oportunidade de tocar peças de repertório, de continuarmos a cultivar-nos e a treinar noutro tipo de contexto que não o de orquestra”, começa por explicar a violinista Joana Dias.
A música da Orquestra Metropolitana sublinha que estes “são concertos mais intimistas, com menos músicos em palco, o que acaba por permitir aos espectadores focarem-se num músico de cada vez”. “É uma oportunidade que temos de levar a música a várias salas espalhadas pela cidade e também para públicos um bocadinho diferentes, que por norma não vêm aos nossos concertos”, acredita Joana Dias.
O programa deste final de semana começa hoje e prolonga-se até amanhã, com propostas diferentes, capazes de conquistar o público. Mas não só. Com as Serenatas Noturnas, que os Solistas levam ao Museu Nacional de Arte Antiga na sexta-feira e à Igreja de Moscavide no sábado, às 21h00, a ideia é suavizar os tempos duros que temos vivido.
“Este programa que estamos a oferecer é uma música de felicidade, paz e esperança. É o programa ideal para retirar um pouco a ansiedade e infelicidade a todos nós, que estamos marcados por tudo o que se passa no mundo”, explica a violinista Diana Tzonkova.
Ao seu lado, em ambos os concertos, estarão Ana Pereira, Carlos Damas, Lúcia Salvado, José Teixeira, Daniela Radu, Anzhela Akopyan, Miguel Ferreira (também violinos), André Castro (tímpanos), Sara Ramalho, Andrei Ratnikov (violas), Catarina Gonçalves, Jian Hong (violoncelos) e Vladimir Kouznetsov (contrabaixo).
Do programa fazem parte a Serenata N.º 6, KV 239, Serenata Notturna, e a Serenata N.º 13, KV 525, Uma Pequena Serenata Noturna, de Mozart, e Nocturno Silêncio Repousado, de Ana Seara.
“Mozart é sempre positivo. É incrível como este homem conseguiu sempre criar música que nos deixa uma sensação de harmonia e serenidade”, sublinha Diana Tzonkova.
Também às 18h30 desta sexta-feira, na Casa Fernando Pessoa, em Lisboa, e sábado às 21h30, no Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha, as pianistas Anna Tomasik e Savka Konjikusic tocam Weber e Schubert a 4 Mãos, com as obras Grande Polonaise e Rondo Brillante, de von Weber, e Allegro em Lá Maior, Lebensstürme e Fantasia em Fá Menor, de Schubert.
Finalmente no sábado, com exibição única, às 16h00, no Espaço Santa Casa, em Lisboa, os Solistas da Metropolitana tocam o Septeto de Beethoven. Em palco estarão Nuno Silva (clarinete), Lurdes Carneiro (fagote), Daniel Canas (trompa), Pedro Meireles (violino), Joana Cipriano (viola), Nuno Abreu (violoncelo), Margarida Afonso (contrabaixo), que interpretarão Septeto, Op. 20, para a Imperatriz Maria Teresa.
“O público que nos for ver pode esperar ouvir música de alta qualidade. O Septeto é uma peça do melhor que o compositor fez e é quase como ter uma mini orquestra a tocar. Mas com a vantagem de estarmos todos mais próximos uns dos outros. Tudo o que cada um faz é mais perceptível para o público”, explica o clarinetista Nuno Silva.
Todos estes concertos dos Solistas da Metropolitana são de entrada gratuita, à exceção do que se realiza sábado nas Caldas da Rainha. Para este concerto os bilhetes podem ser adquiridos no site do Centro de Congressos.