A flautista Rossana Valente, estudante da Academia Nacional Superior de Orquestra (ANSO) da Metropolitana e Prémio Inatel 2018, e a Orquestra Académica Metropolitana apresentam esta sexta-feira, às 21h00, no auditório da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa, o concerto Um Americano em Paris, dirigido pelo maestro Jean-Marc Burfin.

O programa, integrado na temporada da Académica e promovido em parceria com a Fundação Inatel, contempla obras de Claude Debussy (Prélude à l’ après-midi d’ une faune), Carl Reinecke (Concerto para Flauta e Orquestra em Ré Maior, Op. 238) e George Gershwin (Um Americano em Paris).
Rossana Valente, de 20 anos e que estuda música desde os seis anos, será solista do concerto desta sexta-feira, tal como está previsto no Prémio Inatel, atribuído no dia 28 de fevereiro, e que inclui ainda um prémio pecuniário.
Para a flautista, esta distinção é um “grande incentivo para continuar a apostar na formação musical”. “Este prémio significa uma valorização do trabalho que tenho vindo a fazer, sobretudo desde que estou na Metropolitana”.
“Foi uma ótima escolha que fiz, quando decidi vir para aqui em setembro de 2015. Sinceramente, não me veria noutro sítio. Se voltasse atrás, tomaria a mesma decisão”, afirma Rossana Valente, que aos seis anos começou a aprender a tocar piano no Conservatório de Música de Águeda. “Só um ano mais tarde é que comecei a aprender flauta”, recorda.
O concerto desta sexta-feira será “a primeira vez” que Rossana vai tocar a solo numa orquestra. “É muito especial para mim, até porque é um dos meus concertos favoritos. Vai ser muito divertido”, constata.
Diversão é, aliás, uma das palavras de ordem da flautista. Diversão e, claro, trabalho. É essa a receita para o sucesso, reconhecido agora pelo Prémio Inatel. “O segredo é trabalhar muito, claro, mas acho que mais importante é divertirmo-nos e gostarmos do que fazemos, sem levar isto como se fosse uma obrigação. Há pessoas que estudam por imposição. Eu penso mais em estudar e divertir-me enquanto o faço”, afirma ao site da Metropolitana.
Para Nuno Inácio, músico da Orquestra Metropolitana de Lisboa e professor da Academia Nacional Superior de Orquestra, Rossana Valente é uma aluna extraordinária que se dedica e trabalha de uma forma muito séria, tendo apresentado excelentes resultados ao longo do seu percurso na ANSO”.
“Esta distinção é o resultado de muito trabalho e de uma intuição artística muita rara na sua geração. Tem sido um enorme orgulho trabalhar com a Rossana e constatar a sua gigante evolução”, acrescenta Nuno Inácio, dizendo-se “muitíssimo orgulhoso”.
O docente acredita que “este prémio é em primeira instância uma aferição da qualidade da jovem Rossana e um elemento muito estimulante para a continuidade do seu progresso nesta sua caminhada artística, sendo uma manifestação evidente da procura incessante de crescimento e aprofundamento dos seus horizontes artísticos”.
“Espero que este prémio seja mais uma distinção que a possa ajudar a realizar os seus sonhos e a ser muito feliz! Por todo o seu empenho, a seriedade do seu trabalho, o seu dote, é deveras merecido!”, sublinha.