A 10 de junho de 1992, aquando do concerto de apresentação da Orquestra Metropolitana de Lisboa, Paulo Gaio Lima sentava-se na primeira cadeira do naipe de violoncelos. Aconteceu assim durante vários anos, construindo-se uma cumplicidade humana e artística que seria determinante para a consolidação de uma orquestra que dava os primeiros passos e que, entretanto, se tornou «adulta». Sempre no âmbito do projeto Metropolitana, de que foi pilar fundador, passou a dada altura a ocupar-se mais do ensino, enquanto pedagogo. Foi, precisamente, na Academia Nacional Superior de Orquestra que orientou uma classe de formação cuja excelência se espelha em boa parte nos violoncelistas que se destacam hoje no panorama musical. Cuidamos da sua memória e do seu legado. A Música, à qual dedicou tanto da sua vida, segue em diante.