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OAM de volta aos palcos em concerto esgotado

A Orquestra Académica Metropolitana (OAM) regressa este sábado à atividade, depois de praticamente quatro meses parada devido ao confinamento provocado pela pandemia de Covid-19. O concerto de hoje realiza-se às 19h00 no Teatro Thalia, em Lisboa, e está já esgotado, o que no entender do maestro Jean-Marc Burfin, “é um sinal de grande expectativa de ambas as partes”.

“Posso confirmar que durante o trabalho de preparação deste concerto, houve uma grande emoção por parte dos alunos, e também um grande entusiasmo por este reencontro”, afirma o maestro, que dirige a OAM há mais de 25 anos. “Depois do confinamento, há uma natural vontade para se reencontrarem e poderem trocar experiências e partilhar música e aquelas cumplicidades naturais da execução musical”.

O concerto do final de tarde de hoje tem como título “Sinfonia Londres”, pedindo emprestado a Haydn o nome da sua Sinfonia n.º 104 (“Londres”), que vai ser tocada, a par da Sinfonia Simples, Op. 4, de Britten, e o Idílio de Siegfried, de Wagner. “São três obras muito distintas, com uma viagem entre a transição do século XVIII para o século XIX e ainda o século XX, e ao longo do concerto, a orquestra vai crescer pouco a pouco”, explica o maestro.

Jean-Marc Burfin dirigiu várias orquestras, tanto em França como no estrangeiro (Colonne, Lamoureux, Pays de la Loire, Poitou-Charentes, Picardie, Potsdam Phillarmonie, Würtembergische Phillarmonie, Sinfónica de Oviedo, entre outras).

Foi Diretor Artístico da Orquestra Metropolitana de Lisboa durante a temporada de 2003 / 2004.

Pedagogo reconhecido, é um dos raros maestros em atividade a ensinar direção de orquestra. Atualmente, é professor na Academia Nacional Superior de Orquestra e Maestro Titular da Orquestra Académica Metropolitana, que dirige há mais de um quarto de século.

O maestro francês, nascido em Paris em 1962, enaltece “o crescimento e a evolução que a Orquestra Académica Metropolitana” tem tido desde que foi criada, há 28 anos. “Se compararmos com o tempo dos primeiros passos da nossa instituição, existem hoje mais oportunidades para um estudante adquirir experiências à margem do próprio curso académico (masterclasses, orquestras de jovens, estágios em orquestras profissionais…), o que contribui para uma aprendizagem mais sustentada”, afirma.

Nota: As fotografias que ilustram este texto são de arquivo e captadas antes da pandemia. No concerto de hoje, a máscara é obrigatória e estão asseguradas as regras de distanciamento social.