A clarinetista da Academia Nacional Superior de Orquestra (ANSO) Joana Neves ganhou o prémio INATEL 2021, destinado a promover a excelência da formação pedagógica e artística ministrada na Metropolitana. “Quando soube da notícia, tive um misto de emoções”, confessa a jovem música.

“Primeiro, foi um choque e a surpresa. Depois, senti uma alegria imensa”. Foi desta forma que Joana Neves, 19 anos e que vai agora para o terceiro ano dos seus estudos superiores na ANSO, reagiu à conquista do Prémio Inatel – Solistas com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, que resulta de uma parceria entre a AMEC | Metropolitana e a Fundação Inatel, e procura dar apoio à formação dos melhores alunos da Academia Nacional Superior de Orquestra.
A jovem não duvida que “o maior prémio é sempre a evolução que se faz durante a preparação para um concurso” e foi isso que a motivou a participar. Realçando que este prémio “tem um peso especial”, até porque vai permitir-lhe atuar a solo, Joana sublinha que o segredo é “encarar todos os desafios com a mesma motivação”.
Depois de dois anos a estudar na ANSO, a clarinetista garante que este é um trabalho “exigente, desafiador, mas acima de tudo recompensador, quer em termos de oferta educativa, como pela proximidade com a Orquestra Metropolitana de Lisboa (OML)”. “Poder assistir aos ensaios da orquestra, poder ouvir os nossos professores a tocar e, ainda, ter a oportunidade de contactar com os convidados da OML, é algo que não se vê em mais nenhuma escola em Portugal. Para além disso, temos a oportunidade de tocar com a OML em alguns concertos, o que torna o curso ainda mais completo”, elogia a aluna.
Nestas suas experiências educativa e artística, Joana já teve oportunidade de trabalhar com os maestros Pedro Neves (Maesto Titular da OML e diretor artístico da Metropolitana), Pedro Amaral ou Jean-Marc Burfin, entre outros. “É extremamente enriquecedor trabalhar com nomes de referência, mas também uma responsabilidade acrescida, pois obriga-nos a agir como profissionais em palco”.
O prémio agora recebido não lhe muda as prioridades. Quando lhe perguntamos o que espera estar a fazer dentro de cinco anos, Joana responde de forma humilde. “Espero ter o mestrado concluído e, quem sabe, poder tocar numa orquestra profissional. No entanto, consciente da dificuldade, a minha única certeza é que estarei sempre ligada à música, independentemente do contexto profissional.”
