A Metropolitana falou com Marco Jesus, finalista de Trompete na Academia Nacional Superior de Orquestra, que regressou a Portugal após 4 meses a estudar no Conservatorio di musica Claudio Monteverdi, em Itália, ao abrigo do programa ERASMUS+. Marco é aluno dos professores Rui Mirra e Sérgio Charrinho.
Quando partiu (período em que esteve fora)?
Estive fora entre novembro e março – foram pouco mais de 4 meses de uma experiência que me marcou profundamente.
Esta foi a sua primeira experiência a viver fora?
Já tinha vivido longe da minha família, mas foi a primeira vez fora de Portugal – e isso trouxe um sabor de verdadeira independência.
Quais foram os principais desafios que sentiu na adaptação a um país novo?
Como já estava habituado a viver sozinho, adaptei-me facilmente às rotinas. O maior desafio foi mesmo sair da zona de conforto – mas preparei-me para isso, e as diferenças culturais acabaram por ser uma descoberta positiva.
Como foi a receção pelos colegas e professores?
A receção foi ótima. No primeiro dia, fiz questão de me apresentar aos professores e colegas de turma, e todos acolheram-me bem, fazendo-me sentir parte da “família”.
Sente que a sua formação na Academia Nacional Superior de Orquestra o preparou para esta experiência?
Sem dúvida. A formação na ANSO, sobretudo o rigor técnico e os projetos em que participei, ajudaram-me a sentir-me confiante e preparado academicamente.
Recomendaria o Programa Erasmus+ a colegas e amigos? Porquê?
Sim, recomendo vivamente!
O Erasmus+ é uma excelente oportunidade para conhecer outras realidades, viver novas aventuras e estabelecer ligações e amizades que podem abrir portas para o futuro.
Se só pudesse mencionar uma situação, de toda esta experiência, o que destacaria?
Destaco a experiência de ter tocado no Gustav Mahler Auditorium, no Dobbiaco. E saber que Mahler compôs algumas das suas últimas obras naquela região tornou o momento ainda mais especial e marcante para mim.
E agora, planos para o futuro?
Quero continuar a estudar na escola onde fiz o Erasmus – e não vou parar até conseguir realizar o meu sonho de integrar uma orquestra profissional.