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Enrico Onofri está de volta. “Na Metropolitana vive-se um ambiente apaixonado e caloroso”

©Maria Svarbova
O consagrado maestro italiano Enrico Onofri está de volta à Metropolitana para uma dupla jornada musical, que inclui a direção da Orquestra Académica Metropolitana no programa Sinfonia Militar, com obras de Mozart e Haydn, neste fim-de-semana, e do Concerto de Páscoa da Metropolitana, dia 25, no Centro Cultural de Belém. 

Com 50 anos de vida e 12 enquanto maestro, Enrico Onofri já conhece bem os cantos à casa. “Comecei a minha colaboração com a Orquestra Metropolitana de Lisboa há dois anos e estou muito feliz”, contou ao nosso site, acrescentando que “é fantástico poder continuar a dirigir os maravilhosos músicos da Metropolitana”, ainda por cima, “num ambiente muito apaixonado e caloroso”. 

Enrico Onofri entra em cena já esta sexta-feira, às 21h00, no Auditório da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa, dirigindo o concerto Sinfonia Militar, em que a Orquestra Académica Metropolitana (OAM) interpreta excertos da Serenata Haffner KV 250/248b, de Mozart, e a Sinfonia Nº 100, Hob I/100, de Haydn. 

“É um programa muito interessante, pois inclui a versão sinfónica da Serenata Haffner de Mozart, que muito raramente é tocada em salas de concertos, e a fantástica Sinfonia Militar de Haydn, um amplo trabalho de orquestra escrito pelo compositor durante a sua estada em Londres”, explica o maestro, que destaca as “muitas percussões da peça”, que emprestam “cores incomuns ao estilo clássico de Haydn”. 

O programa Sinfonia Militar, que se repete no sábado, às 21h00, no Fórum Municipal Luísa Todi, em Setúbal, marca a estreia de Enrico Onofri na direção da Orquestra Académica Metropolitana, que inclui músicos que estão ainda em formação. Nada que tire o sono ao consagrado maestro. “Trabalho há muitos anos com orquestras jovens, portanto, tenho a certeza que a nossa colaboração será muito frutuosa”, afirma Enrico Onofri. 

O maestro, que já atuou nas maiores salas de concertos de todo o mundo e que está habituado a dar aulas e masterclasses, acredita na simbiose entre a experiência e a juventude. “Os jovens músicos inspiram-me muito. Espero ser igualmente inspirador para eles”. 

Uma semana depois, Enrico Onofri dirige a Orquestra Metropolitana de Lisboa para o sempre aclamado Concerto da Páscoa, um clássico da temporada. 

A Paixão Segundo São João, de Bach, uma oratória de 1724 que junta à orquestra profissional um coro e seis cantores solistas, é o programa proposto para este ano, e realiza-se domingo dia 25, às 17h00, no Grande Auditório do CCB. 

Lembrando que esta “é a primeira das paixões escritas por Bach”, Enrico Onofri ressalta “as características mais nítidas e dramáticas”, em comparação com “a outra paixão sobrevivente, a Paixão Segundo São Mateus”. “É um trabalho soberbamente equilibrado, uma vez que o número de árias, coros e recitais flui no perfeito equilíbrio de luzes e sombras”, explica ao site da Metropolitana. 

O Concerto de Páscoa conta com Eduarda Melo (soprano), Carlo Vistoli (contratenor), Marco Alves dos Santos (tenor), Christian Luján (baixo), José Corvelo (baixo) e Jorge Vaz de Carvalho (baixo) e ainda a presença do Coro Sinfónico Lisboa Cantat, dirigido pelo maestro Jorge Carvalho Alves.