A Academia Nacional Superior de Orquestra (ANSO) viu aprovada na semana passada a sua candidatura à obtenção da Carta Erasmus para o Ensino Superior (CEES). O documento, aprovado pela Comissão Europeia, deverá chegar a Portugal nas próximas semanas e permitirá reforçar a internacionalização da Metropolitana.
“Fizemos esta candidatura em maio e obtivemos agora a informação oficial de que o processo foi aprovado. É uma grande alegria porque a Carta Erasmus é um instrumento de extrema importância para o reforço da nossa internacionalização e mobilidade dos nossos alunos e professores”, explica o diretor pedagógico da Metropolitana.
Yan Mikirtumov concretiza que o documento europeu “vai permitir oficializar de forma mais abrangente as parcerias da Metropolitana com instituições congéneres” e “tornar mais fácil e acessível a mobilidade de docentes e discentes, uma vez que o próprio programa Erasmus + permite financiamento de incentivo a essa mobilidade”.
No final de um ano “muito difícil, exigente e desafiante”, por causa da pandemia de coronavírus, o diretor pedagógico da Metropolitana traça um balanço positivo da atividade da organização. “2020 foi o ano que todos conhecemos, mas mesmo assim, conseguimos minimizar os riscos e terminar tarefas muito importantes, apesar de todas as limitações”, sublinha.
“Em primeiro lugar, conseguimos que os alunos concluíssem os seus cursos e que o processo se mantivesse dentro da normalidade, apesar de ter havido coisas que não foram possíveis concretizar. Em segundo lugar, terminámos a reestruturação curricular, que já foi publicada em setembro em Diário da República. E agora, vimos aprovada a Carta Erasmus para o Ensino Superior”, enumera Yan Mikirtumov.
O responsável alerta, contudo, para que os efeitos da concretização destas duas últimas atividades “não serão imediatos”. “Reestruturar os curricula e obter a Carta Erasmus foram tarefas fundamentais para melhorar a qualidade e excelência do ensino das nossas escolas, mas esse é um processo que não termina aqui. É um processo contínuo, permanente, cujos frutos vamos continuar a ver nos próximos anos”, concluiu.
Prestes a comemorar 29 anos de vida, a AMEC | Metropolitana é uma instituição cultural sem fins lucrativos e um projeto único no contexto nacional e internacional, que assenta o seu valor numa atuação ampla e transversal nos domínios do ensino da música e da promoção da cultura musical.
A Metropolitana conta com duas orquestras – a Orquestra Metropolitana de Lisboa e a Orquestra Académica Metropolitana – e de três escolas: a Academia Nacional Superior de Orquestra (ensino superior), o Conservatório de Música da Metropolitana (ensino básico e secundário) e a Escola Profissional Metropolitana (ensino integrado).