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A nova vida dos alunos da EPM no estrangeiro em busca do sonho

Em casa de Sofia e Lara, os tempos são de preparativos. Nos próximos dias, rumam para as novas cidades que as vão acolher. Ambas estudaram até este ano na Escola Profissional Metropolitana e foram agora aceites em instituições internacionais. O futuro é entusiasmante e é já ali. Tiago está uns passos mais à frente. Já está nos Países Baixos, e começa a sua nova vida escolar esta segunda-feira.

Tiago à porta da sua nova escola em Haia, numa fotografia tirada esta semana

“Já cá estou, já cá estou. Vim mais cedo porque as minhas aulas começam já na segunda-feira”. As palavras saem entusiasmadas a Tiago Henriques, jovem de 17 anos, estudante da Escola Profissional Metropolitana (EPM) e que a partir da próxima semana segue os seus estudos musicais no Conservatório Real de Haia, nos Países Baixos.

“Quando recebi a informação de que fui colocado em Haia, fiquei muito feliz, visto que se abriu uma porta a uma nova experiência de poder estudar no estrangeiro. Ter entrado na classe do professor Michel Strauss foi um dos motivos que me fez candidatar ao conservatório Real de Haia! Candidatei-me a esta escola, porque gostei realmente do professor e tinha colegas, ex-alunos da EPM, que estudaram aqui e que me falaram muito bem da estrutura curricular da escola e que me ofereceram todo o tipo de informação e isso foi algo muito bom”, conta à nossa reportagem.

Tiago não tem certezas de como será a sua vida daqui a cinco anos (“provavelmente, estarei no meu mestrado, a trabalhar para o meu futuro”), mas de uma coisa está certa: “Estudar na Holanda, e em específico em Haia, vai ser algo que, a meu ver, me vai fazer crescer como violoncelista e como pessoa. Por isso, espero que ao longo destes anos adquira novas experiências e conheça novas pessoas no mundo da música”.

Quando olha para trás, Tiago Henriques não tem dúvidas: “A experiência na EPM foi excelente! Fez me crescer imenso e isso deve-se ao facto de os professores estarem 100% disponíveis para os alunos.”, afirma. Uma em partícular. “No que toca ao violoncelo, tenho imenso que agradecer à minha professora Ana Cláudia Serrão por todo o apoio que me deu ao longo destes três anos e essa foi uma das principais razões que fez com que a minha passagem pela EPM tenha sido muito boa! Além disso, estar num ambiente em que tudo gira à volta da música fez-me adquirir novos conhecimentos que não tinha antes”, conclui.

Tiago não é o único aluno da Escola Profissional Metropolitana que viu o seu esforço compensado. Além de Bernardo Pereira e Daniel Palazov, que vão para Amesterdão e cuja história já aqui contámos, também Sofia Costa Alves se prepara para mudar de país. A jovem até tinha duas hipóteses à escolha. “Tive a felicidade de ser admitida em duas universidades, na Universidade de Osnabruck, na Alemanha, e no Conservatorio della Svizzera italiana, em Lugano”, conta, acrescentando que “foi uma sensação única” e a “confirmação de que o esforço e empenho valem a pena”.

Sofia optou por Lugano, no cantão italiano da Suíça

Sofia acabou por se decidir-se pelo cantão italiano da Suíça e ficará baseada em Lugano, para onde parte em breve, uma vez que as aulas começam a 6 de setembro. “Será mais uma etapa que espero me leve à concretização dos meus sonhos, ser uma solista ou fazer parte de uma orquestra de referência mundial”, afirma, sublinhando que “um músico está em constante evolução, quer académica ou artisticamente, é esta a magia da música”.

“Espero ter oportunidades de fazer o que mais gosto junto dos melhores, conhecer músicos de diferentes culturas, tocar em vários palcos, crescer enquanto pessoa, levar também o nosso espírito latino, esta nossa alegria genuína e contagiante até estas culturas, e conseguir ser cada vez mais feliz no mundo da música”, enumera.

Sofia Costa Alves não esquece cada momento passado na Metropolitana. “As condições que a EPM me disponibilizou, quer humanas quer materiais, permitiram que nada me faltasse no dia-a-dia para lutar e acreditar que seria possível chegar até este momento, e melhor que chegar, acreditar que tenho todas as bases para dar continuidade e superar com a mesma perseverança os novos desafios que tenho pela frente.”

E por isso, faz questão de agradecer a “todos os que contribuem para o sucesso dos alunos da EPM”, “desde o Sr. Hugo, à dona Ana, passando pela sra. Ana Dias, que me deram suporte no dia-a-dia, ao Prof. Carlos Simão, Prof. Tânia, Prof. Lino Guerreiro, Prof. Reinaldo, Prof. Rui Borba, e finalmente ao pilar principal da minha formação académica enquanto aluna na EPM, ao Prof. Filipe Coelho, a quem devo o objetivo alcançado”.

A viagem de Lara Salgado Vieira é mais curta e está marcada para a segunda quinzena de setembro. A jovem saxofonista foi admitida no Conservatório Superior de Música de Badajoz Bonifácio Gil. “Agora que ingresso no ensino superior, é uma nova etapa”, admite, dizendo-se muito entusiasmada. Sobretudo, porque poderá aprender muito com alguns dos seus professores.

Lara está entusiasmada com a nova fase dos seus estudos em Espanha

“Vicente Contador será o meu professor de saxofone e, na minha opinião, é um músico muito particular e versátil, pois consegue identificar-se com vários estilos de música. Apesar da sua formação no clássico, o amor que tem pelo instrumento e na música em geral levam-no a abordar outros géneros musicais, como o contemporâneo ou a improvisação. Já trabalhou com inúmeros de saxofonistas muito importantes, o que para os seus alunos também é uma mais-valia”, descreve.

A jovem estudante, que terminou no final do ano letivo o seu percurso na EPM, avalia positivamente o currículo escolar que vai encontrar em Espanha. “Existem algumas disciplinas obrigatórias muito interessantes para os saxofonistas, como piano complementar, leitura e interpretação de música contemporânea, fundamentos mecânicos do instrumento, técnicas de respiração e controlo muscular ou até mesmo improvisação. Ainda existem disciplinas opcionais bastante interessantes, como línguas, direção de conjunto, interpretação dramática, coro, edição de áudio ou a iniciação ao Jazz”.

Agradecida à EPM pelas “ferramentas” que lhe proporcionou, Lara Vieira refere que o “ambiente que proporciona aos alunos é muito favorável ao desenvolvimento musical e social de cada estudante”. E destaca o professor João Pedro Silva, que “tem feito um trabalho excecional”. “É um professor fantástico muito humilde, sério, modesto, focado e acima de tudo comprometido com tudo o que faz, que tem proporcionando a união da classe de saxofones e um excelente ambiente de evolução, não só a nível de música de câmara, como individual”.