A Natureza é um dos filões que, desde sempre, mais inspira a criação musical. A Música pode imitar os sons naturais, ilustrar cenários e até construir narrativas. Também permite retratar contextos com o seu cunho de subjetividade, quando se projeta a si mesma como paisagem. São bem conhecidos exemplos como Le chant des oiseaux de Janequin, As Quatro Estações de Vivaldi, As Hébridas de Mendelssohn ou o Catalogue d’oiseaux de Messiaen. Neste programa, os alunos da Escola Profissional Metropolitana juntam-se numa orquestra clássica para percorrer diferentes cenários. Começam pelos Alpes Suíços à boleia de Arthur Honegger, compositor que em 1920 descreveu na sua «Pastoral de Verão» os chalés e os cenários idílicos daquelas paragens. O enredo seguinte leva-nos até bastante mais longe, até 1773, quando André Grétry apresentou no Palácio de Versalhes um bailado baseado em poemas de Ovídio retirados das Metamorfoses e d’Arte de Amar. Depois, será ocasião para conhecer algumas das canções tradicionais oriundas de uma região do sudoeste de Inglaterra, as quais Gustav Holst transfigurou em orquestra no início do século passado. Por fim, a incontornável Sinfonia Pastoral de Ludwig van Beethoven. O título deste primeiro andamento é ilustrativo: «Despertar de sentimentos alegres na chegada ao campo».
Sons pela Cidade | Sons da Natureza
Orquestra Clássica Metropolitana
A. Honegger Pastoral de Verão
A. Grétry Suíte do bailado Céphale et Procris (arr. Felix Mottl)
G. Holst Uma Rapsódia de Somerset
L. v. Beethoven Allegro ma non troppo, 1.º and. da Sinfonia N.° 6, Pastoral
João Malha direção musical
