A Sinfonia N.º 100 de Joseph Haydn é conhecida pelo nome «Militar», em virtude dos arquétipos sonoros militares do segundo andamento, com percussões e «chamamentos» de trompete. Foi composta para a segunda digressão que o compositor fez a Londres, entre meados de 1794 e princípios de 1795. A imprensa inglesa da época identificou nesta obra marchas militares, o disparar de canhões, a dimensão épica da guerra, o horror do sofrimento – a Guerra dos Sete Anos era então uma memória recente. Antes de dirigir esta obra à frente da OML, António Saiote apresenta-se ele próprio enquanto solista no Concerto para Clarinete de Carl Nielsen, o músico dinamarquês mais influente do seu tempo, enquanto compositor, professor e maestro. As obras que lhe são mais conhecidas são as suas seis sinfonias e as inúmeras canções que escreveu. Porém, são aquelas dos últimos anos da sua vida que revelaram a identidade que se distingue no seu catálogo. Este concerto para clarinete e orquestra pertence a esse derradeiro período. Data de 1928 e caracteriza-se pela veemência e pela carga dramática, o que muito se deve à experiência do compositor no domínio da música de cena.
Sinfonia Militar
Orquestra Metropolitana de Lisboa
Carl Nielsen Concerto para Clarinete, Op. 57
J. Haydn Sinfonia N.º 100, Hob I/100, Militar
António Saiote clarinete e direção Musical