Allegro molto appassionato (rápido com muita paixão). Assim começa este programa, com um dos mais célebres concertos para violino e orquestra de toda a História da Música, o Op. 64 de Felix Mendelssohn. Contrariamente ao que era corrente naquela época, cabe ao solista anunciar a entrada da orquestra. Neste caso, será a violinista Ana Pereira quem «entoará» a melodia que todos reconhecemos, e quem cuidará de uma das principais características desta obra: o efeito de continuidade que prevalece nos três andamentos, também eles tocados sem interrupções. Torna-se por isso oportuno que irrompam logo de seguida, sem demoras nem intervalos, as quatro notas que se juntam no (ainda mais célebre) motivo da Quinta Sinfonia de Ludwig van Beethoven. Para alguns trata-se de um chamamento do destino, para outros o princípio de uma caminhada inebriante que nos conduz de andamento em andamento até um final triunfante. Terminada em 1808, ao fim de quatro anos de maturação, esta composição tornou-se símbolo do romantismo musical, da ostentação da vontade individual e da idealização estética pura, intraduzível.
SINFONIA DO DESTINO
Orquestra Metropolitana de Lisboa
F. Mendelssohn
Concerto para Violino e Orquestra, em Mi Menor, Op. 64
L. v. Beethoven
Sinfonia N.º 5, em Dó Menor, Op. 67
Ana Pereira violino
Pedro Neves maestro
Sobre a fotografia © André Nobre – Observador
No primeiro dia de desconfinamento, em hora de ponta, a estação de metropolitano do Cais do Sodré encontrava-se vazia.
Sobre o fotógrafo © André Nobre – Observador
André Dias Nobre, 23 anos, natural de Cascais e fotojornalista freelancer desde os 19 anos. Desde 2017 que é colaborador frequente do jornal Observador, tendo já contribuído com outros órgãos de comunicação social.
O CCB informa que o público portador de bilhete para espetáculos entre os dias 30 de outubro e 3 de novembro, pode assistir aos mesmos desde que apresente o bilhete. Esta exceção está prevista no comunicado do Conselho de Ministros de 22 de outubro de 2020