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Bilheteira CTJA tel.: 212 327 882Ainda há quem diga que a música clássica é toda igual! Isso compara bem com olhar uma floresta e não ver as árvores. É certo que reflete formalidades que não compartilhamos nos nossos dias. Porém, uma vez superada tal estranheza, abre-se um mundo de possibilidades. Apresentam-se assim, lado a lado, estes dois quartetos de cordas. Curiosamente, são os últimos que Schumann e Mendelssohn compuseram. Em 1843, Schumann dedicou a publicação dos seus três quartetos a Mendelssohn. Este último completou um volume de seis quartetos já perto do final da vida, em 1847. São duas partituras clássicas, com soluções técnicas que Haydn e Mozart conheciam bem. Mas apresentam uma tal intensidade e desenvoltura expressivas que as tornam românticas. Para lá disso, cada um tinha um estilo próprio. Na música de Schumann sente-se o esforço do ofício. É compenetrada, algo obsessiva, mas sempre delicada. São quatro andamentos imersos em afetação poética e gravidade cerimoniosa. Por seu turno, a música de Mendelssohn é luminosa e exuberante. Ainda que esta obra tenha sido criada quando fazia o luto pela morte de sua irmã Fanny, vai muito além de um lamento. É fúria, bizarria, elegia e resignação.
Mendelssohn & Schumann
Solistas da Metropolitana
F. Mendelssohn Quarteto de Cordas N.º 6, Op. 80
R. Schumann Quarteto de Cordas N.º 3, Op. 41
David Ascensão, Joana Dias violinos, Santiago Medina viola, Tiago Mirra violoncelo