Apesar de terem vivido em períodos tão afastados, há muitos aspetos comuns entre Wolfgang Amadeus Mozart e Benjamin Britten. Ambos foram crianças prodígio, capazes de compor obras musicais a partir dos cinco anos de idade. E sempre como um facilidade impressionante, irrepreensíveis no planeamento formal da partitura e no respeito pelas qualidades próprias de cada instrumento. Apresentam-se aqui lado a lado, num diálogo que coloca em evidência essas e muitas outras afinidades. Desde logo com o Duplo Concerto para Violino, Viola e Orquestra que o compositor inglês compôs com dezanove anos de idade, em 1932, mas que permaneceu «esquecido» numa gaveta até há pouco mais de duas décadas. No que respeita a Mozart, revisitamos uma sinfonia composta aos dezasseis anos, com a inspiração melódica que a segunda viagem a Itália lhe trouxe, e a Sinfonia Haffner, completada já depois de se instalar em Viena, uma década mais tarde.
Do Jovem Mozart ao Jovem Britten
Orquestra Metropolitana de Lisboa
W. A. Mozart Sinfonia N.º 21, KV 134
B. Britten Duplo Concerto para Violino, Viola e Orquestra
W. A. Mozart Sinfonia N.º 35, KV 385, Haffner
Abigeila Voshtina violino, Irma Skenderi viola
Ricardo Casero maestro
