No Dia Mundial da Música, o Luísa Todi traz a Setúbal obras de dois compositores incontornáveis da memória e do presente desta arte: Johannes Brahms e Igor Stravinsky. Destaca-se o Concerto para Violino que o músico russo compôs em 1931, mas que só se tornou conhecido do grande público em 1972, quando o coreógrafo George Balanchine estreou em Nova Iorque um bailado precisamente intitulado «Stravinsky Violin Concerto». Floresceram a partir de então, nas salas de concerto de todo o mundo, essas notas que recordam o tempo dos Ballets Russes, mas sobretudo A história do soldado, de 1918, onde o violino se apresenta como personagem de uma narrativa diabólica. Reaparece aqui num papel extraordinariamente exigente para o solista, que praticamente não tem tempo para respirar ao longo de quatro andamentos fisicamente extenuantes. Já as honras de abertura e encerramento desta nossa celebração, são confiadas a Brahms. Primeiro, uma abertura de inspiração dramática datada de 1880. Durante intervalo, recupera-se o fôlego para enfrentar a exuberância expressiva da quarta e derradeira sinfonia.
Dia Mundial da Música
Orquestra Metropolitana de Lisboa
J. Brahms Abertura Trágica, Op. 81
I. Stravinsky Concerto para Violino
J. Brahms Sinfonia N.º 4, Op. 98
Ana Pereira violino
Pedro Amaral maestro
