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A flauta, o clarinete e a harpa juntam-se neste programa às cordas para apresentarem um programa onde transbordam exotismo e ambientes vincadamente impressivos. Boa parte dessas sugestões extra-musicais são atributo da harpa, que se destaca em três das quatro composições interpretadas. Desde logo na primeira, uma partitura assinada pelo francês Marcel Tournier, figura de referência para qualquer harpista em virtude do seu contributo para o desenvolvimento da técnica e para a extensão do repertório deste instrumento. Datada de 1928, a Suíte Op. 34 reflete na perfeição o estilo musical francês daquele período, com desenhos melódicos refinados e harmonias translúcidas. No Conto Fantástico do seu compatriota André Caplet, a harpa volta a assumir protagonismo. Trata-se aqui de uma obra originalmente escrita em 1909 para harpa e orquestra de cordas, mas que foi mais tarde reconfigurada na presente formação. Baseia-se n’A Máscara da Morte Rubra de Edgar Allan Poe, a história de horror em que o Príncipe Próspero se fecha em vão no seu castelo para fugir à peste. Já Introduction et allegro é uma obra pouco conhecida de Maurice Ravel e que se assemelha a um pequeno concerto para harpa pleno de virtuosismo, inclusivamente com lugar a uma cadência tocada pelo «solista». Pelo meio, destacam-se as «insinuações» melódicas e o timbre velado do clarinete, no Devaneio Oriental que o russo Alexander Glazunov compôs em 1886, uma espécie de gravura sonora que espelha o orientalismo idealizado tão em voga na Bélle époque.
SOLISTAS DA METROPOLITANA
M. Tournier Suíte, Op. 34
A. Glazunov Rêverie Orientale, Op. 14/2
A. Caplet Conte Fantastique
M. Ravel Introduction et allegro, M. 46
Janete Santos flauta
Nuno Silva clarinete
Carolina Coimbra harpa
Paula Carneiro violino
Nonna Manicheva violino
Miguel Erlich viola
Nuno Abreu violoncelo