Este site utiliza cookies. Ao navegar no site estará a consentir a sua utilização de acordo com a nossa Política de cookies.
O Sheng parece-se com um pequeno órgão de tubos que se apoia nas palmas mãos. A sua origem remonta a uma das primeiras dinastias da China Imperial e emite um som semelhante ao da harmónica, até porque também resulta da vibração de palhetas sopradas pelo instrumentista. Em 2007 o compositor Huang Ruo propôs-se colocá-lo em diálogo com a tradição musical clássica ocidental, designadamente na condição de solista à frente de uma orquestra. Nasceu assim A Cor Amarela, uma obra cujo título remete para os simbolismos do poder e da prosperidade, mas não só!
As duas composições que a precedem neste programa também difundem a música noutros universos. Illuminations de Miguel Azguime foi estreada em 2017 e desenvolve o som da orquestra numa articulação poética com a luz, aqui compreendida na sua decomposição espectral. Um século antes, o jovem modernista Luís de Freitas Branco inspirou-se no orientalismo do primeiro romance de William Beckford para compor Vathek. Este poema sinfónico desenrola-se na forma de Tema com Variações, sendo estas evocativas dos cinco palácios dos sentidos mandados construir pelo Califa.
A Cor Amarela [Oriente]
Orquestra Metropolitana de Lisboa
Miguel Azguime Illuminations
L. Freitas Branco Vathek (arr. Joly Braga Santos [1965] / Pedro Neves [2021])
Huang Ruo The Color Yellow, concerto para sheng e orquestra de câmara
Wu Wei sheng
Pedro Neves maestro