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Jovens estagiários da OML terminam pós-graduação com o futuro cheio de sonhos

No último ano, Sara, Lúcia, Miguel e Hugo viveram o mesmo sonho: depois da sua licenciatura na ANSO fizeram uma pós-graduação com estágio na Orquestra Metropolitana de Lisboa. Agora que a aventura chegou ao fim, nenhum tem dúvidas: saem da Metropolitana muito mais ricos do que quando cá entraram.

Lúcia Salvado

Não é um adeus, é só um até já. Ainda agora fez as malas, mas já pensa em voltar. “O meu futuro imediato? Um convite para integrar a OML brevemente”, diz, entre risos a violinista Lúcia Salvado, de 22 anos.

“Felizmente para o próximo ano já tenho a minha vida encaminhada. Irei integrar o mestrado em ensino em Évora e também conquistei uma vaga que abriu para a orquestra de Cascais e Oeiras. No entanto, ficarei atenta às provas para a OML, pois seria um prazer para mim poder regressar a esta que foi a minha casa durante muitos anos e de onde levo muitos amigos com quem adorei trabalhar”, conta.

Lúcia é um dos quatro jovens músicos que cumpriram no ano do 30.º aniversário da Metropolitana um estágio na OML, no âmbito de uma pós-gradução da ANSO, onde se licenciaram.

Todos têm histórias para contar, mas em comum a mesma sensação de dever cumprido. “Desde o início que me senti bastante integrada. O primeiro programa foi logo a viagem à Polónia, o que facilitou muito o “ice-breaker” inicial”, afirma, sublinhando que integrar a OML num ano tão especial teve um sabor único. “Achei que a temporada estava muito bem planeada. Tive a oportunidade de tocar em programas muito bons que não contava tocar para já. Para além do mais, a Metropolitana foi a minha casa durante sete anos (estudei na EPM, na ANSO, e agora o estágio), portanto ver a sua comemoração de 30 anos foi especial para mim.”

Da Metropolitana leva a certeza de que “o espírito de grupo é das melhores coisas numa orquestra para um bom resultado final”. “Uma orquestra pode tocar muito bem, mas se houver uma conexão quase familiar entre todos, como eu senti neste ano, fazer música assim torna-se ainda melhor”, justifica.

“Um grande privilégio”

Com 25 anos, Sara Ramalho fala do “desafio constante”. “Apesar de já ter bastante experiência a tocar em orquestra, é muito diferente integrar uma orquestra profissional a tempo inteiro, com ensaios regulares e concertos todas as semanas com um novo programa”. E destaca que “foi um grande privilégio e uma experiência bastante enriquecedora a nível profissional e pessoal”.

Sara Ramalho

Para a praticante de viola, “regressar a esta casa para completar o percurso de formação num ano tão especial teve certamente outro sabor”.

A artista leva a bagagem cheia. “Ao permitir o contacto com profissionais de excelência, tanto com os músicos da orquestra como também com grandes maestros e mentores, tal não só contribuiu para um enriquecimento musical a diversos níveis, como deixou também mais claros os aspetos em que ainda devo continuar a trabalhar, para poder evoluir ainda mais daqui para a frente e atingir os meus objetivos”.

Continuar a crescer “enquanto música e instrumentista” é o principal objetivo agora. “Irei procurar candidatar-me tanto para audições orquestrais, como para lecionar aulas de instrumento ao nível de conservatório, uma vez que concluí também este ano o mestrado em ensino da música”.

“Se pudesse continuava”

Quem ainda não acabou o mestrado foi o violonista Miguel Ferreira, 23 anos, que também integrou o grupo de alunos da pós-graduação com estágio na Orquestra Metropolitana. O seu futuro imediato é precisamente “acabar o mestrado e tentar entrar para uma orquestra”.

Miguel Ferreira

“Se eu pudesse, continuaria a aprender com estes grandes músicos”, diz o jovem, que adorou o estágio, embora tenha pena “que tenha acabado tão rapidamente”. “Descobri sem sombra de dúvida que serei muito feliz a trabalhar em orquestra e que é isto que eu quero fazer da minha vida”, afirma.

Sublinhando que se sentiu “completamente em casa”, Miguel Ferreira assume ser “extremamente sortudo” por ter tido a oportunidade.

“Quero contribuir para o ensino”

Também Hugo Estaca, 26 anos, acredita que o estágio o ajudou a “desenvolver um forte vínculo musical, particularmente com o repertório clássico e sinfónico e as competências necessárias para concretizá-lo”.

“Foi um privilégio poder felicitar e festejar o trigésimo aniversário da OML perante todos os músicos e trabalhadores que partilham o projeto desta instituição, que ensina música de excelência”, destaca o violoncelista.

Hugo Estaca

Para o futuro, o caminho do jovem está traçado: “Apesar de todas as incógnitas dos tempos que vivemos, espero poder contribuir para o ensino e aprendizagem musical e continuar a colaborar com as orquestras, de forma a manter-me ativo nesta área performativa”, conclui.