Rui Pinheiro é Maestro Titular da Orquestra Clássica do Sul, desde janeiro de 2015, e Diretor Artístico do FIMA – Festival Internacional de Música do Algarve, desde 2017. Em 2010, concluiu o Mestrado em Direção de Orquestra no Royal College of Music de Londres, onde estudou com Peter Stark e Robin O’Neill e fez preparação musical para os maestros Sir Roger Norrington, Esa-Pekka Salonen, Vladimir Jurowski e John Wilson, entre outros. Trabalhou, ainda, com Jorma Panula e Colin Metters.
Nesse mesmo ano, foi nomeado Maestro Associado da Orquestra Sinfónica de Bournemouth, no Reino Unido (2010-2012). Anteriormente, já tinha sido Maestro da Orquestra do Conservatório Nacional de Lisboa (2005-2008) e, em Londres, Diretor Musical do Ensemble Serse, companhia de ópera barroca em instrumentos de época, e fundador do Ensemble Disquiet, dedicado à divulgação da música contemporânea portuguesa (2008-2010).
Em Portugal, trabalhou com as principais orquestras, nomeadamente, a Orquestra Gulbenkian, a Orquestra Sinfónica Portuguesa, a Orquestra Sinfónica do Porto – Casa da Música, a Orquestra Metropolitana de Lisboa, a Orquestra Clássica da Madeira e a Filarmonia das Beiras, tendo-se apresentado em importantes salas e festivais, tais como os Dias da Música no CCB, o Festival ao Largo e o Prémio Jovens Músicos, entre outros. No Reino Unido, destacam-se concertos com a Orquestra da Ópera Nacional de Gales (com Julian Lloyd-Weber) no Festival Internacional de Fishguard (2012), concertos nos festivais Vienna – City of Dreams, da Orquestra Philharmonia, e BBC Proms-Plus, em transmissão direta para a BBC – Radio 3 (2009-2010). Dirigiu também a Orquestra Sinfónica Oltenia de Craiova, a Orquestra Filarmónica Ion Dumitrescu (Roménia) e o Ensemble KNM Berlim (Alemanha).
Após a sua estreia operática, no Teatro Nacional de São Carlos com A Filha do Regimento de Donizetti (2014), dirigiu em 2015 Los Diamantes de la Corona de Barbieri, numa produção do Teatro de Zarzuela de Madrid. Do seu repertório operático constam, ainda, produções de Dido e Eneias de Purcell, a estreia moderna de Il mondo della Luna de Avondano, A Flauta Mágica de Mozart e Rita de Donizetti. Dirigiu produções de ballet com a Orquestra Clássica do Sul em parceria com a Companhia de Dança do Algarve (Matrioska, 2015) e com o Quorum Ballet (Lago dos Cisnes, 2017 / A Sagração da Primavera, 2019).
Entusiasta da música contemporânea, trabalhou com compositores como Kenneth Hesketh, Alison Kay, Augusta Read Thomas, Stephen MacNeff, Pedro Faria Gomes, Luís Soldado, Bruno Gil Soeiro, Luís Tinoco, Nuno Côrte-Real, Isabel Soveral, Clotilde Rosa, Álvaro Salazar e Cândido Lima, entre outros, de quem dirigiu diversas estreias mundiais, nomeadamente a estreia da ópera 3 Mil Rios de Victor Gama com a Orquestra Gulbenkian e que repetiu em Bogotá (Colômbia). Dirige regularmente o GMCL – Grupo de Música Contemporânea de Lisboa.
Para lá de ter gravado diversos concertos ao vivo para canais como a RTP-2, RTP-Madeira, Antena-2 e BBC-Radio3, destacam-se os seguintes CD: «Obras para Piano de Victor Macedo Pinto» (Numérica), «Retiro», de Rodrigo Leão com a Orquestra e Coro Gulbenkian (Deutsche Gramaphone), e obras de Filipe Pires, com o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa (La Mà di Guido).
Anteriormente ao seu percurso como maestro, Rui Pinheiro estabeleceu-se como pianista, tendo realizado os seus estudos musicais em Portugal (Licenciatura em Piano na ESMAE e Mestrado em Artes Musicais da Universidade Nova de Lisboa) e na Hungria (pós-graduação em Piano e Música de Câmara na Academia Ferenc Liszt de Budapeste). Entre outras instituições, lecionou na Escola de Música do Conservatório Nacional e na Academia Nacional Superior de Orquestra.